O jornal La Presse se encontrou com o baterista Chuck Comeau e o guitarrista Sebastien Lefebvre durante uma conferência de imprensa em Junho e publicou a matéria em seu jornal no último Domingo. Confira:
Menos de um ano do lançamento do seu terceiro disco, o Simple Plan já rodou o mundo. Novamente. E o grupo de Montreal não deixou a profecia de lado em seu país. Foram agendados não só um mas dois shows no Bell Centre para as próximas semanas (26 de Agosto e 13 de Setembro).
O Simple Plan passou cerca de cinco ou seis anos viajando o mundo. Desde o meio de Junho, o grupo esteve nos EUA, em muitos países na Ásia e começou uma turnê no Canadá que passará por Chicoutimi e duas vezes em Montreal. Depois? Alemanha, Polônia, Suécia, França e Inglaterra.
"É algo que não pára," admite Charles Comeau. "Nós queremos ir para diversos lugares, mas Montreal é especial. Eu admito que os dois shows no Bell Centre eram um sonho para esse álbum. Combinamos que se conseguíssemos repetir um show no Bell Centre seria algo incrível, mas conseguimos dois shows. Para mim é especial dizer como uma banda, que conseguimos lotar duas vezes uma arena só nossa."
No Pads No Helmets Just Balls, Still Not Getting Any e MTV Hard Rock Live, os três primeiros discos do Simple Plan, venderam cerca de 07 milhões de cópias. Enquanto o disco mais recente lançado em Fevereiro, talvez nunca consiga chegar perto da venda dos dois primeiros (cerca de 2.5 milhões de discos vendidos), mesmo se o grupo continuar com um destaque notório no mundo.
"As vendas de um disco já perderam sua validade de medidor de popularidade ou não em um país," concorda Charles. Pegue como exemplo o Canadá: o Still Not Getting Any... vendeu mais de meio milhão de cópias de acordo com a Warner, enquanto o novo disco vendeu 'apenas' 70.000. Enquanto isso, o Simple Plan faz cerca de 15 performances em 14 cidades da turnê canadense.
"No Brasil, foram vendidos 50.000 discos, mas nós tocamos para 30.000 pessoas," disse o baterista. "Se as vendas estão baixas, dane-se, nós faremos shows!"
Para o terceiro disco o Simple Plan trabalhou com Danja (Timbaland, Justin Timberlake) e Max Martin (um Suéco que cria hits de artistas como Britney Spears e boys band). O resultado: o punk rock que agora está incorporado com ritmos e melodias repetitivas que estava mais acostumada a fazer parte do pop ou hip-hop. "A idéia era trabalhar com pessoas talentosas e fazer sucesso em outras áreas além do punk rock," disse Charles.
Habituados em fazer shows íntegros, a banda teve que ceder a intervenções de maquinas, o que não foi um problema. "Foi um desafio," admite o baterista. "Nós nos apresentamos durante o Natal. Nós estávamos preocupados se iríamos fazer isso pois haviam muitos loops em diversas partes do novo disco. Honestamente, no início, foi um pouco assustador, mas tudo tem ido muito bem. A banda toca com a mesma energia de antes."
"Isso dá uma nova dimensão ao show," disse Sebastien. "Quando você passa por isso, como em Generation, todos começam a dançar. E quando o refrão chega, é como uma explosão! ". Charles complementa: "Antes, quando começavam as batidas e em seguida a guitarra, não havia muito impacto pois já estava na música. Agora os momentos vem em partes. Com uma pausa vinda depois da guitarra e bateria tudo realmente fica mais forte"
Depois de tocar pela 10ª vez em Oklahoma, essa não é a parte mais excitante de uma turnê mundial. Além das saídas inevitáveis, eles obviamente amam a rotina de turnês. "O ponto mais alto do dia é o show," diz Charles. "Toda noite é diferente."
O quão diferente? Tudo depende da platéia. Charles admite que sentiu o seu coração apertado recentemente quando, no fim de um show em Prague, alguns fãs levantaram placas escrito "THANK YOU". "Ainda há momentos que você toca para 50.000 pessoas em um festival, e você sabe que nem todos te conhecem ou amam seus discos. Nós temos que conquistar essas pessoas. De fato cada show é um desafio."
SPBR.com
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Simple La Presse
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